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Islândia: um passeio pela terra do gelo

Em novembro de 2013, fiz uma das viagens mais exóticas dentre todas que já fiz até o momento que escrevo esse post. Com um pouco de antecedência, comprei bilhetes para conhecer a Islândia, país muito procurado por turistas que querem ver a Aurora Boreal.

Ver a aurora era umas das minhas metas de viagem enquanto estivesse na Europa e a priorizei em detrimento de outras possibilidades, em função dos custos (recém chegado na Europa, eu ainda tinha um orçamento mais alto) e época do ano (mais fácil vê-la no inverno).

Islândia

Este é um país nórdico, localizado entre o atlântico norte e o ártico. Possui uma população de aproximadamente 330 mil habitantes, constituindo a menor densidade populacional da Europa.

O país é praticamente fruto de sucessivas atividades geológicas e vulcânicas, tendo um de seus vulcões literalmente parado aeroportos na europa em 2011.

Fortemente afetado pela recente crise econômica mundial, seu sistema bancário faliu completamente em 2008, levando o país a uma grave crise financeira.

Muito de sua recuperação se deve ao turismo crescente no país. Ainda, apesar da crise, o governo ainda mantém um sistema de saúde pública e educação gratuitos para qualquer cidadão, figurando o país entre os mais desenvolvidos do mundo.

Ainda, suas fontes de renda são a pesca e o turismo. Portanto, muitos produtos consumidos no país são importados de outros locais, o que faz o custo dos mesmos dentro da ilha ser maior, o que por fim torna o custo de vida mais alto.

Saiba adiante mais curiosidades sobre a Islândia e um pouco do que foi minha viagem para lá:

Idioma islandês

Antes de começar a falar qualquer coisa, acho prudente escrever um pouco sobre a língua oficial do país, que é o islandês, idioma de origem germânica e com influências escandinavas. Seu alfabeto é latino e suas palavras são gigantes, sendo na maioria das vezes impronunciáveis. Então, espero que você tenha uma boa memória fotográfica =)

Por incrível que pareça, há um grande número de pessoas que falam o idioma morando fora da Islândia, como na Dinamarca, Estados Unidos e Canadá. Quase em sua totalidade fruto de movimento emigratório, o uso da língua está em declínio nessas comunidades, apesar de 97% das pessoas afirmarem ser sua língua mãe.

Em poucas palavras, a língua é muito difícil de ser lida, entendida e muito menos falada. Os próprios islandeses fazem piada sobre isso, como com o nome de um de seus vulcões, que virou suvenir, como mostrado na foto abaixo:

Tradução da foto: "Qual parte de Eyjafjallajokull você não entende?"

Por esse motivo, a grande maioria das pessoas falam inglês fluentemente para se comunicar com turistas e residentes não islandeses.

Aeroporto Internacional de Keflavik

Este é o principal aeroporto do país, ficando a 45 minutos de ônibus da capital Reykjavik.

Ele possui serviço de wi-fi gratuito por tempo ilimitado, bem como guarda-malas, que fica localizado a 500 metros da sala de desembarque, no mesmo prédio da Sixt Car Rentals.

Veja o mapa do aeroporto aqui.

Traslado do aeroporto

As únicas formas de deixar o aeroporto de Keflavik é de carro, taxi ou de ônibus.

Aluguel de veículos

No aeroporto de Keflavik, você encontrará as empresas mais famosas do mercado de aluguéis de veículos, como a Hertz, a Budget, Avis e a Europcar.

No entanto algumas opções extras são:

A Sixt tem sido minha primeira opção de escolha em várias viagens que faço, em função do seu preço e qualidade de serviço.

Taxi

Essa jamais vai ser minha primeira opção em lugar nenhum que eu venha estar, muito menos em um país nórdico, que naturalmente é mais caro que os outros do globo. Então fuja dessa opção se não quiser gastar muito dinheiro na sua viagem.

De qualquer forma, um viagem dessas custaria em torno de 14000ISK (¢94,00) para 1 a 4 pessoas, e 19000ISK (¢129,00) para 5 a 8 passageiros.

Airport Express

Cmo viagens de 45 minuos de duração e passagens por 3400ISK (¢16,00), a Airport Express é uma empresa privada de turismo que oferece o serviço de transfer do aeroporto de Keflavik à capital islandesa. Veja o quadro de horários e maiores informações no website da empresa.

Flybus

A viagem do aeroporto à estação rodoviária de Reykjavik custa 1950ISK (¢13,20) e, para ser levado ao seu hotel, o custo é de 2500ISK (¢17,00).

A viagem entre as cidades dura em torno de 45 minutos e tem wi-fi gratuito. Além dessa viagem, a empresa oferece serviços de turismo para outros destinos, como o Golden Circle, o Ble Lagoon, entre outros. Veja mais aqui.

Linha 55

Há ainda um outro serviço de ônibus mais acessível, que fica a 5 minutos do aeroporto, em Strætó. Você pode reservar seu bilhete online (¢10,00), mas ao que tudo indica, os horários são limitados a 9 viagens por dia. Acesse o website da empresa aqui.

Transporte no país

A Islândia é um dos países da europa com maior número per capta de carros, principal meio de transporte do país.

Mais de 50% das rodovias administradas pelo governo não são pavimentadas. A mais famosa é a Ring Road, ou Rota 1, foi concluída em 1974, que contorna todo o país conectando locais povoados ao interior inabitado da ilha.

Rota: Reykjavik, Borgarnes, Blönduós, Akureri, Egilsstaðir, Höfn, Selfoss.

Fora as rodovias, o país conta com 103 aeroportos registrados, sendo a maioria em áreas rurais não pavimentadas e para voos particulares. O principal deles é o Aeroporto Internacional de Keflavik, que é a porta de entrada da maioria das pessoas vindas de outros países, ficando a 50km da capital Reykjavik.

Apesar de não haver serviço ferroviário na Islândia, há um serviço de ônibus que liga cidades menores. Há um proposta de uma linha ferroviária ligando Keflavik e Reykjavik, mas que ainda só está nos papéis.

De todas as ilhas ao redor da Islândia, somente três são habitadas (Vestmannaeyjar, Hrísey e Grimsey), e são conectadas via serviço de ferry, que é regulado pela mesma empresa que controla as rodovias do país.

Turismo pela Islândia

Fora Reykjavik, as principais cidades do país são Kópavogur, Hafnarfjörður, Garðabær, a cidade Reykjanesbær, município que contempla Keflavik, e a cidade de Akureyri, ao norte da Islândia.

Um dos passeios mais tradicionais na Islândia é o Golden Circle (Círculo Dourado), que inclui o Parque Nacional Thingvellir, o Gullfoss e os gêiseres de Haukadalur, que você conhecerá adiante.

Durante o inverno, vale a pena tentar ver a aurora boreal e fazer o turismo de neve, que contempla passeios em cavernas de gelo, escaladas em montanhas, ver vulcões cobertos de neve, safaris, entre outros.

Durante o verão, o forte da ilha são os esportes aquáticos (eg. mergulho e canoagem), eco turismo e presenciar o fenômeno natural do sol da meia noite.

Parques Narcionais

O país possui três grandes parques nacionais, o Vatnajökull National Park,o Snæfellsjökull National Park e o Þingvellir National Park, o único que eu visitei.

Parque Nacional Þingvellir (Thingvellir)

Este parque nacional fica no distrito de Bláskógabyggð, próximo à península de Reykjanes e da área vulcânica Hengill. Mais precisamente, fica localizado na parte norte do Þingvallavatn, o maior lago natural do país, uma área de confluência das placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia, local onde os terremotos surgem.

Além de ser um dos locais mais visitados da Islândia, o parque também tem enorme importância cultural, geológica e histórica para o país. Ele foi inaugurado em 1930 e considerado Patrimônio da Humanidade em 2004.

Eu visitei o país em uma época de frio e que as águas estavam todas congeladas. No entanto, no verão, os rios que se formam nos cânions (fissuras entre as placas tectônicas) são pontos para mergulho, canoagem e outros esportes náuticos, principalmente no Lago Silfra.

Parque Nacional Vatnajökull

Eu não cheguei a ir neste parque, pois ele era longe e eu não teria tempo hábil para tal. Ele fica localizado numa grande área que abrange o nordeste, leste, sudeste e sul da Islândia, englobando os antigos parques Skaftafell e Jökulsárgljúfur.

Bom, o Vatnajökull é o maior glacial da Europa fora do círculo polar ártico e esconde variadas montanhas, vales platôs, além de alguns vulcões ativos.

Parque Nacional Snæfellsjökull

Este é um parque localizado na Península de Snæfellsnes, oeste da Islândia, e contempla uma montanha homônima de 700 mil anos que fica coberta de gelo o ano inteiro - em agosto de 2012, pela primeira vez na história, ela foi vista sem neve.

Ela é particularmente famosa devido à pbra literária de Jules Verne, Vagem ao Centro da Terra, em que os protagonistas encontraram uma passagem que dava acesso ao centro da terra justamente em Snæfellsjökull.

Gullfoss

Uma das atrações turísticas mais populares da Islândia, as Cataratas Douradas (Golden Falls em inglês) ficam localizadas no sudoeste do país, a 10 km do vale Haukadalur, área geotérmica que contém os gêiseres mais famosos da Islândia.

As cataratas possuem 32 metros de altura e duas quedas d'água, sendo a maior delas de 21 metros de altura.

Gêiseres

A Islândia possui muitos gêiseres devido a sua formação geológica. Os mais famosos ficam no sul do país, em um vale conhecido como Haukadalur, que abiga os famosos Geysir, que voltou à atividade depois uma série de terremotos em 2000, e o Strokkur, que jorra águas termais a cada cinco a dez minutos.

Blue Lagoon

A Lagoa Azul da Islândia é um spa termal construído em 1992 em uma área vulcânica na Península de Reykjanes (sudoeste do país), na cidade de Grindavík, que fica a 20km do aeroporto Internacional Keflavik e a 39km da capital Reykjavik.

Um dos lugares mais procurados por turistas, o spa mantém cerca de 6 milhões de litros de água a 40ºC em uma área de 5 mil metros quadrados, com algas e sais minerais, que são eficientes no combate ao envelhecimento e doenças de pele, como a psoríase.

O spa ainda desenvolve atividades de pesquisa no intuito de descobrir a cura para doenças de pele através de suas águas ricas em minerais, como a sílica e enxofre.

A água utilizada no spa é proveniente de uma usina geotérmica vizinha e é trocada a cada dois dias.

Basicamente, a água da usina passa próximo a um local onde há fluo de lava vulcânica, onde é superaquecida de drenada para movimentas as turbinas e gerar eletricidade. Após passar pelas turbinas, a água é destinada à Lagoa Azul, para fins recreacionais e medicinais.

Os minerais são empurrados das camadas mais profundas do solo da lagoa para a superfície através das águas quentes. E, por causa da sua alta concentração, a água não pode ser reciclada, sendo então descartada em um local próximo, rico em lava vulcânica, onde os minerais são depositados e a água infiltrada no solo.

Saiba mais no website do spa, aqui.

Preços

Os preços admissionais dependem da estação do ano e do pacote contratado.

Inverno - 1 set a 31 mai

Padrão: ¢35,00

Conforto: ¢50,00

Premium: ¢65,00

Luxo: ¢165,00

Verão - 1 jun a 31 ago

Padrão: ¢45,00

Conforto: ¢60,00

Premium: ¢75,00

Luxo: ¢165,00

Confira aqui o que cada pacote oferece.

Vulcões

Em 21 de março de 2010, o vulcão Eyjafjallajökull (veja a pronúncia na foto do início desse artigo), que fica no sul do país, entrou em erupção pela primeira vez desde 1821, apresentando novas atividade em 14 de abril, forçando várias pessoas a evacuarem suas casas e interrompendo o tráfego aéreo europeu por vários dias.

Já em maio de 2011, um outro vulcão, o Grímsvötn, também entrou em erupção. Este fica abaixo do maior glacial da Europa, o Vatnajökull. Sua atividade foi muito maior do que as ocorrias nos anos anteriores, jogando lava e cinzas a mais de 20km de distância e poluindo os ares islandeses com uma grande nuvem negra.

Glaciais

A Islândia possui vários glaciais espalhados em seu território, sendo os maiores os mostrados no mapa a seguir:

Esses glaciais nada mais são do que formações de gelo em elevadas altitudes, como no topo de montanhas e em vários vulcões.

Os glaciais islandeses são um grande atrativo para a indústria do tuismo, uma vez que várias pessoas fazem passeios de snowmobile, escaladas e outros esportes de inverno.

Eu particularmente queria muito ter ido ao Parque Nacional Vatnajökull (mencionado acima), pois ele contempla vários parques menores, cheios de geleiras, lagoas e carvernas, como o Skaftafell, Svínafellsjökull, Jökulsárlón, que ficam ao sul do parque.

No entanto, para esses passeios, vale a pena ir com um guia ou pessoa experiente, pois as geleiras e cavernas podem ser muito perigosas para turistas aventureiros, como eu. Ainda, equipamentos podem ser necessários, o que esses guias poderão fornecer.

Reiquejavique (Reykjavik)

Essa é a capital mais ao norte do mundo. Durante o inverno, os dias duram quatro horas e durante o verão, as noites não existem. Está localizada muito próximo ao círculo polar ártico, em uma zona rica em gêiseres.

A cidade é ainda a mais povoada da Islândia, com cerca de 60% da população (122 mil habitantes em 2015), sendo um importante centro comercial, industrial, cultural e político do país.

A área costeira da cidade possui inúmeras penínsulas, estreitos e ilhas, sendo a maior parte da capital localizada na Península da Foca (Seltjarnarnes).

Graças às correntes quentes de Golfo, a cidade mantém temperatura média de 5ºC ao longo do ano, raramente caindo para menos de -10ºC.

A cidade é cortada por rios não navegáveis, os rios Elliðaár (fala-se algo como Étlidaur). E, com 914 metros, o monte Esja fica nas vizinhanças da cidade.

Aurora Boreal

Bom, minha primeira experiência com a Aurora Boreal não foi das melhores. Meus dias na Islândia foram de bastante neve e frio. O clima não estava propício para ver as luzes do norte, então, tive que me satisfazer com as demais belezas da ilha do gelo, que fizeram valer cada Euro pago pela viagem e cada dia passeado pela ilha.

Hospedagem

Hospedei-me no Bus Hostel Reykjavik, um albergue recém inaugurado próximo ao centro da cidade.

Ele tem boa localização e uma locadora de carro em suas dependências, a qual utilizei para alugar o carro do meu passeio.

Voos

Ida

Dublin-Edimburgo-Keflavik

Na ida, voei de Ryanair até a Escócia e de Easy Jet de lá para a Islândia.

Volta

Keflavik-Londres-Dublin

Na volta, voei de WOW Air de Keflavik a Londres e de Ryanair de Londres a Dublin.

Custo da viagem

Hospedagem (5 noites): ¢96,75

Dublin-Edimburgo: ¢20,39

Edimburgo-Reiquejavique: ¢104,49

Reiquejavique-Londres: ¢96,00

Londres-Dublin: ¢32,21

Infelizmente, não tenho mais o custo de alimentação e aluguel do carro que aluguei. Lembro-me que o carro foi muito barato, mas alimentação em geral era mais cara, seguindo os padrões dos países nórdicos.

Dicas

1 - Considerando que o transporte público da Islândia não é dos mais eficientes, minha sugestão número 1 é alugar um carro e tentar dividir com mais pessoas para baratear o custo par você.

No meu caso, juntei-me com um rapaz da Letônia, um da Suécia e uma garota da Austrália e dividimos as contas do carro.

2 - Falando em aluguel de carros, se for inverno, vale a pena alugar um caro maior com tração nas quatro rodas, correntes nos pneus e o que mais for indicado para neve, pois um carro convencional pode não ser suficiente para andar nas espessas camadas de neve que se formam nas estradas, levando-o ao risco de ficar atolado, como aconteceu comigo.

3 - Não vá à Islândia somente para ver a aurora boreal, por que você pode se frustrar. Planeje uma viagem que vá além de olhar para os céus, pois o país é incrívelmente lindo.

4 - Desde abril de 2015, há voos diretos de Dublin a Keflavik com a WOW Air. Não precisamos mais ir para Londres ou outro local para chegar à Islândia. Os preços das passagens são em torno de ¢80,00 ida e volta, comprando com antecedência.

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Conheça mais sobre cada um dessas atrações nos posts que serão publicados nos próximos dias.

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