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Aurora Boreal - Abisko, Suécia, dia 13/01

Hoje, o dia começou com um passeio de trenó, que você pode conferir aqui.

Minha manhã ficou por conta desse tour, que de certa forma me desgastou fisicamente, pois apesar dos cães fazerem o serviço sujo, a gente acaba tendo que dá um empurrão nas subidas e áreas de neve muito fofa.

Ao retornar dele, passei o resto da manhã e a tarde no albergue, pois não tinha muito o que fazer nas redondezas de onde estávamos e, para falar a verdade, o frio já estava me irritando.

No início da noite, começamos a planejar a nova caçada à aurora.

Novo Safari

Meu amigo queria tentar encontrar o lago congelado da noite anterior para que de lá pudéssmos avistar a aurora e tentar fazer novas fotos.

Antes de sair, demos uma checada na previsão do tempo e na intensidade das luzes da aurora. Nenhum dos dois estavam muito favoráveis.

O céu estava nublado, a neve caía fininha como quem dizia "eh, meu caro, a festa acabou". Tirei uma foto do céu para ver se e onde havia algum foco de aurora (entenda aqui como fotografar a Aurora Boreal).

Ainda assim, optamos por sair. Vestimos o macacão, colocamos as luvas, mas não quisemos colocar os sapatos de neve, como o da figura abaixo.

Foto: Kaykaquixotica.com

Eles possuem maior superfície de contato com a neve e não o deixa afundar, além de possuírem travas na sola, que dão mais atrito com a neve e não o deixa escorregar.

Tentativa #1

Mas enfim, lá fomos nós sem esse aparato. Eu com o tripé e a câmera não mão e o Caio com as luvas de frio dele. O mais cômico foi que, voltamos para o albergue em menos de 30 minutos.

Chegamos à linha férrea, que não está a 5 minutos andando do albergue, e lá ficamos sem saber para onde ir. Estava muito escuro e não sabíamos exatamente para onde ir, haha. Tentamos seguir o caminho qe o guia fez no dia anterior, mas não o encontramos.

Para completar, ao tentarmos cortar um caminho, demos um passo em uma camada de neve que simplesmentou nos dragou como uma areia movediça. Tinha neve até o peito. E o desesperou tomou conta de mim. Sério mesmo, eu assustei. Estava frio para caramba, tinha neve entrando nas botas, blusa e luvas, e eu não consegui me estabilizar, pois qualquer posição que eu ficava, eu entrava mais neve abaixo.

Com o Caio não foi diferente, mas ele levou na brincadeira, começou a rir e engatinhar para aumentar a área de contato, até encontrar um chão firme, onde pudesse ficar em pé.

Assim o fiz, com ajuda do tripe da máquina, até que encontramos solo firme. Mas daí, as mãos do Caio começaram a congelar, endurecer e agora foi a vez dele desesperar, haha.

Voltamos imediatamente para o albergue para nos aquecermos e replanejar a rota.

Tentativa #2

Com as luzes ainda mais fracas que antes, decidimos encarar mais uma vez o frio e a neve.

Novamente no trilho do trem ficamos sem saber para onde ir. Descemos morro, andamos, subimos e paramos ao lado do super mercado, que não dá 5 minutos do albergue. Andamos pelo trilho do trem e nada.

Eu tinha quase que absoluta certeza do caminho, mas compactuei com a bússola biológica do Caio.

Por fim, começou a nevar novamente e o céu não estava lá tão limpo e bom para ver a aurora.

Voltamos de vez para o albergue e assim encerramos o dia, o último dia que vimos a tão falada e famosa Aurora Boreal.

Dicas

1 - Equipe-se adequadamente antes de fazer qualquer aventura para ter certeza de que não se tornará estatística local, se é que você me entende.

2 - A previsão do tempo e da intensidade da aurora terão um peso muito grande na sua expedição.

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