Minha passagem por Nova Iorque se deveu a uma conexão que faria para chegar a Madri, na Espanha, e depois a Dublin, na Irlanda.
A escolha dos voos foi intencional, pois eu desejava conhecer Nova Iorque, a tal falada cidade que nunca dorme.
Meu voo chegou à cidade às 4h40 da manhã, cerca de 30 minutos antes do previsto.
Não vou me ater a descrever sobre o voo, pois utilizei a Delta Airlines e diria que foi exatamente como na ida, que já desecrevi num post anterior, que você pode ler aqui.
A única observação a fazer é que ao descer em NY, eu tive que retirar minhas bagagens despachadas e refazer o processo de check-in. Segundo o atendente da Delta Airlines de Belo Horizonte, essa é uma norma específica de Nova Iorque, diferente de Atlana e Detroit, que tive minha bagagem mudada de aeronave pela própria empresa.
Outro ponto foi que perdi mais ou menos uma hora na fila da imigração, pois haviam muitas pessoas desembarcando na mesma hora e pouquíssimos agentes nas cabines para vistoriar os passaportes.
Os pais da minha cunhada moram nos Estados Unidos há mais de 30 anos e baseados atualmente em NY, eles seriam minha referência na cidade.
A Luiza me buscou no aeroporto logo cedo e ao chegar em sua casa, tomei um bom e reforçado café da manhã, deixei minhas malas, coloquei a mochila com as câmeras nas costas e peguei um carona com ela até a estação de metrô Jackson Heights-Roosevelt, ainda no bairro do Queens, onde ela mora (entenda NY no mapa abaixo).
Meu objetivo era ir para a ilha de Manhattan, onde estão localizados os principais pontos turísticos da cidade. Mas antes de tomar o metrô, procurei entender com ele funciona e como seria Manhattan, para eu saber como proceder. Veja o que encontrei adiante.
Metrô
Os metrôs de NY são subterrâneos e para utilizá-los você precisa adquitir o Metrocard, que é um cartão de papel com tarja magnética, da MTA, empresa de transportes da cidade.
O mesmo cartão também é válido para ônibus e tem o custo de USD1,00 num primeiro momento, e aí você carrega com o valor que o for pertinente.
O valor da tarifa de viagem única é de USD2,75, podendo ser de USD2,50 se for comprado o retorno.
O metrô de NY tem 24 linhas, atendendo 468 estações, de longe o maior sistema metroviário do mundo. As linhas são as seguintes:
Se quiser ver o mapa das linhas de metro de NY, entre aqui.
Como usar o cartão?
Após adquirir o Metrocard, você deverá passar por uma das roletas após deslizar o cartão lateralmente como mostrado na animação acima. Uma mensagem no visor da roleta o instruirá sobre o valor da tarifa e sobre o status de seguir adiante "go".
Entrando no metrô certo
Todas as linhas de metrô são identificadas na parte frontal e lateral com a letra ou número correspondente à linha. Basta ficar atento a isso e entrar naquele que desejar.
Descendo do metrô na hora certa
Alguns dos vagões possuem um mapa interativo da linha de metrô (com os nomes das estações), no qual você acompanhará visualmente a cada estação que para, e assim saberá onde descer.
Para os vagões que não dispõem desse mapa, o condutor fala no auto-falante a cada parada o nome da estação. Logo, você não ficará perdido.
Ainda, uma terceira opção é ficar olhando pelas janelas, pois as estações geralmente tem seus nomes escritos em placas e nas paredes, o que o irá ajudar a identificar onde está.
Manhattan
Manhattan é formada pela ilha de Manhattan e de várias outras ilhas adjacentes, como a Roosevel Island, Randall's Island, Wards Island, Governors Island, Liberty Island, parte de Ellis Island e U Thant Island, assim como Marble Hill.
Manhattan foi fundado em 1683 e lá se localizam dois dos três centros financeiros de Nova Iorque. Manhattan abriga os principais pontos de interesse da cidade, incluindo a Times Square, o Central Park, o Empire State Building, a Wall Street, a Broadway e a Brooklyn Bridge, a ponte que une Manhattan a Brooklyn, e também abrigava antes dos ataques de 11 de Setembro o famoso Complexo World Trade Center, atualmente em reconstrução.
Meu passeio
Bom, tomei o metrô na estação Jackson Heights-Roosevelt (Queens) com sentido a Manhattan e então desci na estação 59st-5Av, que fica ao lado do Central Park(grande área verde na Ilha de Manhattan, no mapa acima).
Deixei para conhecer o parque por último, uma vez que seria meu caminho de volta.
O mapa acima não permite ver direito, mas as ruas da ilha de Manhattan são todas perpendiculares e praticamente todas tem números como nome (ex. 5ª Avenida). Ainda, elas seguem ordem do menor número para o maior. Com isso, fica muito fácil andar pela ilha e se localizar.
Assim, fui andando pela tão falada 5ª Avenida, passando pela Catedral de São Patrício até chegar ao Rockfeller Center.
A 5ª Avenida é luxuosa, com lojas de famosas grifes internacionais, algo comparável à Champs Elysées em Paris. Algumas vezes é confundida como a Rua da Moda, que na verdade é a 7ª Avenida. Ainda, a 5ª Avenida divida as ilha em leste e oeste, sendo então o marco zero.
Falando da Catedral, ela tem estilo neogótico e foi constuída no século XIX, sendo atualmente a arquidiocese de Nova Iorque.
Chegando ao Rockfeller Center, pude ver uma pista de patinação no gelo que é anualmente montada no inverno, bem em frente a um dos 19 prédios do complexo que ficam entre as ruas 48 e 51. Este centro abriga a sede da NBC e é onde é gravado o célebre Saturday Night Live. Achei interessante a quantidade de bandeiras dos Estados Unidos, mais uma vez reforçando o patriotismo visto em todos os cantos do país.
A seguir, saí da 5ª Avenida e fui para a 6ª e 7ª, rumo à Times Square.
Esta "praça" é na verdade uma região onde há cruzamento de 12 ruas e avenidas, sendo a mais famosa delas a das Ruas Broadway com a 7ª Avenida. O local bastante comercial, com intensa publicidade e tem como premissa para o comerciante a instalação de grandes letreiros luminosos em suas faixadas.
A área abriga a NASDAQ, uma das principais bolsa de valores do mundo, estúdios da ABC, MTV, Virgin Records, entre outros. Há quem diga que o ponto turístico mais visitado do mundo, superando inclusive a Estátua da Liberdade.
O local conta com uma arquibancada no meio da calçada e ponto de wi-fi para você se conectar ao mundo e mostrar onde você está, como eu fiz =)
Este também é o local de uma das festas de réveillon mais famosas do mundo, onde uma grande bola é colocado no topo de um prédio e inicia sua descida às 23h59 do dia 31 de dezembro, levando um minuto para sua total descida, quando um show pirotécnico e músicas iniciam para festejar o ano novo.
Andando mais um pouquinho, próximo à 5ª Avenida com a 34, vi o Empire State, que é um enorme arranha-céu de 102 andares, considerado o mais alto do mundopor 41 anos, até a finalização do antigo World Trade Center, em 1972.
O prédio é iluminado por fora com diferentes cores de acordo com os períodos do ano e pode ter seu topo visitado por turistas, mediante o pagamento de ingressos, que podem custar USD29,00 para visitar o deck principal o andar 86 ou ainda USD46,00 para visitar o deck principal e deck do último andar (102). Esse valores são para adulto e para seguir fluxo da fila. Se desejar a visita direta sem filas ou se for crianças, os preços são diferenciados. Saiba mais aqui.
No meu passeio, optei por não subir no prédio afim de poupar tempo e dinheiro.
Bem próximo ao Empire State, havia uma loja da Macys (ao lado da Herald Square), que é uma grande loja de departamentos, onde você encontrará vários produtos das mais diversas grifes famosas do mundo. Eventualmente, é possível encontrar grandes promoções e produtos a preços muitoooo bons. Mas dessa vez, não encontrei nada tentador e não quis comprar só por estar nos Estados Unidos, pois não faria uma boa compra. Levei apenas um perfume que estava querendo e só.
Da Macys fui ao Madison Square Park, que é uma pequena praça, e depois ao Madison Square Garden, que é um complexo esportivo com quatro grandes arenas, para jogos de basquete, hóquei no gelo e lacrosse.
Para entrar no hall do complexo, você passará por uma revista de segurança e então terá acesso à bilheteria, lojas de conveniência e às arenas. No entanto, vale saber que a visita às arenas deve ser guiada e acontece diariamente entre 10h30am às 3pm a um custo que varia de USD17,95 a USD26,95 por pessoa. Para comprar seu ingresso, entre aqui.
Por último, antes de iniciar meu retorno ao Central Park, andei até da rua 34 com a avenida 10 e cheguei no Highline Park, que é um parque público construído em uma antiga linha ferroviária em desuso. Ele tem horários de funcionamento que vão de 7am às 7, 10 ou 11pm, conforme a época do ano. Saiba mais sobre o parque aqui.
Ainda, da rua 34 é possível ver mais a oeste uma grande construção com vidros esverdeados, que mais tarde vim a saber que se trata do local onde há exposições de carros (salão do automóvel), entre outros grandes eventos de renome internacional. Mas como era muito longe, só o apreciei de longe.
Voltando pela 10ª Avenida, fui mudando para a 9ª e 8ª até chegar na 7ª novamente e posteriormente ao Central Park.
Entrei no parque ali mesmo, próximo ao Museu de Arte e Design e parei para comer uma maçã e bolo, que Luiza tinha carinhosamente preparado para mim. Enquanto isso, via a movimentação dos transeuntes, vários rickshaws (serviço de bicitaxi)e inúmeros esquilos se alimentando nas gramas e árvores.
O parque é gigante e eu não consegui visitar nem um décimo do que ele tem a oferecer. Mas foi ótimo para ter uma noção de sua beleza.
Como o tempo estava corrido, já próximo à estação 5ª Avenida com a rua 59, visitei a loja totalmente subterrânea da Apple, que tem apenas um cubo de vidro na superfície indicando a presença da mesma. Ainda, ao lado, fui na loja FAO Schwarz, o verdadeiro universo dos briquedos, loja mais famosa do mundo e a mais antiga dos Estados Unidos, neste seguimento.
Bom, meu tempo estava acabando, pois marquei de encontrar Luiza na estação Jackson-Heights às 4pm para ir para a casa dela tomar um banho, jantar e ir para o aeroporto, pois tinha um voo às 10h20pm.
Infelizmente, não tive tempo para ir ao memorial do World Trade Center, Wall Street e à Estátua da Liberdade, que fica mais ao sul da ilha, longe de onde eu estava. Para ir lá em tempo hábil, teria que tomar um metrô, mas naquela altura, o que eu menos queria era perder tempo ou ficar perdido, pois tinha um voo para outro país em algumas horas. Desta forma, tenho um motivo a mais para retornar à cidade no futuro.
Comidas e bebidas típicas
Todos sabemos que a comida americana é baseada em fast foods e junk foods (hambúrgueres, pizzas, etc), mas há três coisas que eu provei e gostaria de mencionar.
1 - Bagel
2 - Cerveja Flying Dog Pale Ale
3 - Cerveja Brooklyn Beer Lager
Não poderia deixar de mostrar o jantar que a Luiza e o César prepararam para mim...a foto está um pouco embaçada, pois foi tirada com celular.
Estão servidos?
Observações:
1 - Minhas escala foi longa, mas meu passeio por Manhattan durou cerca de 5 a 6h, pois perdi tempo na fila de imigração e trânsito, além de ter dispendido tempo na casa dos meus anfitriões e ter ido para o aeroporto mais cedo.
2 - É muito fácil andar a pé por Manhattan sem ter que tomar ônibus ou metrô.
3 - Você que está com o tempo contado, a menos que abra mão de visitar mais pontos turísticos, não recomendo fazer visitar pagas e guiadas no Empire State, Madison Square Garden e outros mais. Deixe essas visitar para outra viagem e faça como eu, tenha uma noção do todo, de como é a ilha, de onde estão as coisas, etc.
4 - O Aeroporto Internacional JFK é longe da ilha de Manhattan, apesar de ter metrô que o levará a ela. Mas você perderá um tempinho fazendo esse trajeto, pois terá que trocar de linha. O aeroporto La Guardia é mais próximo, mas ele só faz voos domésticos. E, o de Newark é mais longe, do outro lado da ilha.
5 - Ter um bom mapa ou um bom GPS o ajudará muito a identificar os pontos de interesse mais rápido. Eu normalmente uso o mapa offline do meu Ipad e me dou muito bem com ele.
6 - O Central Park é imenso. Se você não tiver muito tempo para seu tour em NY, não perca muito tempo nele, pois parque é parque em qualquer lugar.
7 - Não acho que valha a pena alugar carro em NY, pois percebi que é difícil estacionar nas ruas de lá devido ao intenso tráfego de carros e também pelo fato de o metrô ser muito eficaz.
8 - Apesar de sempre associarmos Nova Iorque a Manhattan, a cidade vai além da ilha e tem mais a oferecer, mas confesso que não tive tempo para a visita, então ficará para a próxima viagem.
Vejam mais fotos dessa viagem no álbum do facebook.