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Voo Irlanda-Brasil com escala nos Estados Unidos

Minha jornada de Dublin ao Brasil, começou no dia 15/10 com o voo pela Ryanair da capital irlandesa à espanhola. Voei na aeronave padrão da empresa, que é um Boeing 737-800, com capacidade para 189 passageiros. Após 2h40 de voo, cheguei a Madri, que fica uma hora à frente de Dublin em termos de fuso horário.

Ao chegar novamente no aeroporto de Barajas que me dei conta do tamanho dele. Por algum motivo, nas passagens anteriores eu achei que ele fosse tão pequeno quanto o Charleroi (Bélgica), por exemplo.

Minha saga de Madri ao Brasil começou no dia 16/10 pela manhã no aeroporto, com a fila para fazer o check-in na Delta Arlines, empresa que me levaria aos Estados Unidos e depois ao Brasil. As medidas de fiscalização para entrar em solo norte-americano estão muito rigorosas. Entrei na fila do voo que iria para Atlanta e, ainda nela, passei por um interrogatório sobre armas, explosivos, malas de terceiros, etc, além de ter tido meus passaportes retidos para análises (o atual e o que tem o visto americano). Mas não houve nada relativo ao Ebola, mesmo por que meu voo não vinha da África.

Em seguida, despachei minha mala e fiz meu check-in sem grandes problemas, indo então para a fila raio-x. Lá, tive que tirar todos os eletrônicos da mochila (câmera, go pro, laptop, ipad, etc), relógio, cinto, moedas, líquidos e tudo mais. Essa fila foi bastante demorada, por que pela primeira para a grande maioria, retirar eletrônicos das malas era uma novidade (outros que não computador e tablets) e a maioria acabava não tirando alguma coisa, sendo enviados pelo operador de volta à fila do scanner.

Passado o raio-x e posteriormente a polícia espanhola, tive que correr para o portão de embarque, pois meu voo estava próximo de partir.

A aeronave que fez o voo entre Madri e Atlanta foi um 767 400-ER, com capacidade para 246 passageiros, divididos em três zonas, enonomy class (178), economy comfort (28) e business Elite (40). O voo tinha uma tripulação grande, de cerca de dez pessoas, possuía televisão na parte traseira dos assentos (com jogos, filmes, música e computador de bordo) e 6 banheiros.

O serviço de bordo foi ótimo, contando com lanche (amendoins, pretzels e drinks), almoço (duas opções de cardápio – frango tailandês ou pasta, acompanhados de salada, pão francês, manteiga, biscoito de gengibre, biscoito de água e sale drinks) e bebida pós almoço (chá, café e água mineral), além de uma caixinha com guloseimas (biscoitos, chocolate, queijo e chiclete). Por fim, foi servido sanduíche com pão integral, recheado com presunto e queijo derretido, além de sorvete de sobremesa.

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Após 9h de viagem, cheguei a Atlanta e tive em seguida a conexão mais rápida que já fiz na vida. Saí da aeronave, tive que passar pelo serviço de imigração para dar entrada nos Estados Unidos, perdi tempo esperando minha bagagem na esteira rolante (foi-me dito que eu teria que pegá-la e despachá-la novamente, mas não era necessário), depois tive que pegar outra fila gigante para passar por novo raio-x e poder embarcar para Detroit.

O problema é que as filas são sempre imensas, o processo é lento, pois a fiscalização durante a entrada no país é muito grande.

Tive que tirar impressão digital e foto para ter a entrada assegurada.

O lado bom é que quem tem o visto B2 de turista, enfrenta uma fila menor do que quem tem o ESTA, que é o visto de trânsito (sim, são filas separadas).

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Vale lembrar que entre o desembarque e o novo raio-x, há uma esteira rolante com um guichê para que você possa despachar bagagens, se necessário. Mas casos como o meu, que o aeroporto não era o destino inicial nem final, não era necessário despachar nenhuma bagagem.

Neste último raio-x, precisei tirar da bolsa somente o laptop (tablet e líquidos não foram necessários) e precisei esvaziar completamente os bolsos, tirar cinto e sapatos, pois tive que passar por um scanner de corpo inteiro.

Bem, após reaver meus pertences e passar por esse pente fino, corri para o novo embarque, pois o avião partiria em 15 minutos.

Imediatamente antes de entrar na aeronave, um tripulante do voo falou que talvez não houvesse espaço para minha mala de mão dentro da aeronave. Portanto, ele me ofereceu para despachá-la naquele momento, caso eu quisesse. Fiquei com certo receio, pois não havia cadeado nela e havia produtos que valiam uma fortuna. Mas assim o fiz.

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Embarque feito, terminei de calçar meu tênis, fui ao banheiro do avião e me acomodei.

Agora, dentro de um Boeing 737, seguiria para Detroit, em uma viagem que durara em torno de 1h50.

Esta aeronave, menor que a anterior, possuía apenas duas fileiras com três poltronas em cada, além das três classes (Primeira Classe, Economy Comfort e Econômica).

O que mais me impressionou neste voo foi ter wi-fi no avião. Já havia estado em outros voos com internet, mas que você deveria usar em um aparelho disponível na aeronave, como aqueles monitores que ficam na parte traseira das poltronas. Mas neste, você poderia usar do seu laptop, tablet ou o que fosse. No entanto, não era de graça. Tinha o custo que variava de USD4,50 por 30 minutos a USD599,40 para uso anual na rede GoGo.

Chegando a Detroit, o desembarque foi realizado em um portão próximo ao portão de embarque para São Paulo, não necessitando passar por mais raio-x, oficiais da polícia local, entre outros. Achei o fato estranho, pois eu deixaria o país e eles não carimbaram meu passaporte para atestar minha saída.

Enfim, como também havia despachado minha outra mala de mão em Atlanta, não precisaria ficar carregando malas mais, apenas minha mochila.

Ainda que mais tranquilo, não tive tempo de ir a nenhuma loja de Duty Free para fazer compras. Aguardei o embarque para São Paulo e assim procedi por mais 10h de viagem.

Neste novo voo, embarquei em um Boeing 767-300ER, muito parecido com a aeronave que voei de Madri a Atlanta, com o mesmo padrão de serviço de bordo, etc.

Chegando a São Paulo, fiz o desembarque habitual, peguei minhas malas despachadas, sem nenhuma avaria e segui para a saída do aeroporto, sem ter nem mesmo visto algum oficial da polícia federal para inspecionar os bens a declarar. Em outras palavras, eu poderia ter trazido a Europa comigo que eles não fiscalizariam =).

A primeira observação que fiz foi que o aeroporto foi reformado e aparentemente há mais terminais do que quando eu saí do país. Tive que pegar um transporte (shuttle) gratuito oferecido pelo aeroporto para deixar o Terminal 2 e ir ao Terminal 4, onde embarcaria pela Azul à Belo Horizonte.

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Enfim, meu último voo foi em um Embraer 195, com capacidade média de 118 passageiros, dispostos em duas fileiras com dua poltronas cada uma. O voo teve duração de 52 minutos e teve serviço de bordo gratuito e satisfatório (amendoins, batata tipo ruffles, guloseimas e bebidas).

Por fim, às 12h30 do dia 17/10, cheguei ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para iniciar minhas férias de duas semanas próximo à família e amigos.

Custo da Viagem

Para base de cálculo, usei o valor de R#3,03 para ¢1,00. Desconsiderei gastos com alimentação nas cidades em que passei.

Passagem Delta Airlines Madri, Atlanta, Detroit, São Paulo, NY, Madri ¢541,26 - R$1640,02

Passagem Dublin Madri Dublin ¢80,98 - R$245,40

Passagem São Paulo BH ¢54,43 - R$164,93

Passagem BH São Paulo ¢69,42 - R$10,27

Albergue Madri - ida ¢12 - R$36,36

Albergue Madri - volta ¢12 - R$36,36

Malas Ryanair ida e volta ¢60 - R$181,80

Traslado Barajas-Albergue ¢5,00 - R$15,15

Traslado Albergue Aeroporto ¢9,00 - R$27,27

Total ¢844,07 - R$2557,56

Dicas:

1 - Se você quiser vir da Europa ao Brasil em voos baratos, a Delta Airlines oferece ótimas opções, com escala nos Estados Unidos. Mas é obrigatório que você tenha o visto de turista (B2), a autorização eletrônica de trânsito (ESTA) ou tenha residência americana. Leia mais sobre os vistos americanos aqui. Além disso, como você pode perceber do meu relato acima, os voos são muito longos e para algumas pessoas cansativos.

2 - Os voos em si são confortáveis, mas muito longos. Lembre-se sempre de se hidratar e se movimentar durante os voos para evitar tromboses e outros problemas associados. Hoje, já é eu segundo dia após a viagem e meus pés ainda estão bastante inchados.

3 - Nos voos mais longos, a Delta Airlines oferece aos passageiros, além das refeições, cobertas, fones de ouvido e tapa-olhos.

4 - Há economias que não valem a pena. Não há voos diretos de Dublin a Belo Horizonte. Os mais rápidos, geralmente fazem escalas na Holanda, Alemanha, Inglaterra, Portugal ou Espanha, passando ainda por São Paulo ou Rio de Janeiro, antes de chegar a Belo Horizonte. Esse voos custam em média ¢800,00 e comparando ao que gastei nessa viagem, é evidente que às vezes não vale a pena tentar economizar em viagens, pois o custo benefício não é bom, a menos que você realmente queira fazer a viagem com trechos longos e ficando pouco tempo em cada lugar.

5 - Sua viagem econômica pode ser melhor que a minha. Por querer esperar demais, eu perdi a chance de comprar um voo pela Delta Airlines de Dublin a São Paulo por cerca de ¢570,00. Isso me pouparia de passar pela Espanha e de gastar cerca de ¢178,98 (R$542,34). Logo, o custo final da minha viagem teria sido de cerca de aproximadamente ¢700,00.


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