Se estiver planejando uma viagem, é imprescindível adquirir, entre outras coisas, um seguro que garanta a sua segurança e suporte em caso de adversidades durante sua estadia fora de casa.
Seguro Saúde/Assistencial x Seguro Viagem
Algumas empresas distinguem dois tipos de seguro, o de saúde e o assistencial, enquanto outras unificaram os conceitos e o atendimento ao cliente, chamando-o somente de Seguro Viagem.
O Seguro Saúde visa a cobetura de atendimentos odontológicos, médicos, hospitalares, compra de medicamentos, proteção contra risco de morte, entre outros.
O Seguro Assistencial visa a cobertura dos demais quesitos, como roubo ou extravio de bagagens, gastos com busca e salvamento, traslado de executivos, cancelamento de viagem e assim por diante.
A venda de Seguro Viagem tem crescido de forma gradual no Brasil e na última década os números triplicaram, passando de quase 10 milhões para 33,5 milhões, de acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Mesmo com os números subindo, a Travel Ace, empresa no ramo de assistência de viagens no Brasil, realizou uma pesquisa e constatou que somente 30% dos brasileiros que viajam contrataram seguro viagem. Isso significa que os outros 70% de viajantes estariam sem amparo em caso de um atendimento médico, assistência jurídica ou desvio de bagagem.
Antes de contratar um Seguro Viagem, é muito importante se certificar da obrigatoriedade de tê-lo no país para onde irá.
Na Europa, por exemplo, segundo o Acordo de Schengen, o turista não europeu é obrigado a ter um Seguro Saúde com cobertura de no mínimo ¢30.000,00. Apesar do acordo, alguns países não fazem vistoria compulsória no serviço de imigração e, em caso de necessidade, o turista precisará arcar com o custo de quaisquer atendimentos médicos, medicações e eventual internação, os quais não são baratos.
Por outro lado, Estados Unidos e Austrália não obrigam o visitante a ter nenhum tipo de seguro.
Em geral, os seguros podem ter valores diferentes, variando conforme o serviço contratado e obviamente a operadora.
Praticantes de esportes radicais geralmente são obrigados a possuir Seguro Saúde antes da prática pública do esporte e, em função da periculosidade, sua franquia pode variar de 75 mil a 1,5milhão de Reais.
O mercado atual oferece muitas opções disponíveis, cabendo ao cliente pesquisar preços e o custo-benefício do Seguro contratado. Veja abaixo algumas das operadoras existentes no mercado:
Visa Classic, Gold e Platinum
Mastercard
Seguro de Bancos
Agências de viagem*
* Agências de viagens podem não oferecer a cobertura que o cliente desejar, pois geralmente possuem parcerias com seguradoras, que definem previamente o contrato a ser vendido.
Para fazer uma comparação de preços, você precisará simular a compra de um seguro, fornecendo tempo de duração da viagem, o destino e sua idade.
Vale lembrar que pessoas cadastradas ao INSS não precisam adquirir Seguro Saúde, podendo ter atendimento gratuito vinculado ao INSS em oito países, listados abaixo:
1 - Argentina,
2 - Cabo Verde,
3 - Chile,
4 - Grécia,
5 - Itália,
6 - Luxemburgo,
7 - Portugal,
8 - Uruguai;
Dei uma lida no Blog Viaje na Viagem, do Ricardo Freire, e encontrei algumas informações interessantes sobre esse dado. Veja abaixo:
Para fazer valer esse convênio, você precisa obter o Certificado de Direito a Assistência Médica (CDAM) em agências específicas do INSS. Sem esse certificado, você não estará segurado. Para conseguir o CDAM, é preciso comparecer a algum desses endereços apresentando documentos como passagem de ida e volta, CPF, passaporte, carteira de trabalho (para celetistas), últimos contracheques ou contribuições sociais e certidões de casamento e nascimento para dependentes.
O melhor uso do convênio do INSS é para viagens longas – por exemplo, de estudo – quando a contratação de um seguro-assistência de longa duração representaria um custo alto demais.
Caso você opte por emitir o certificado de convênio, não se esqueça de fazer um seguro que atenda ao Acordo de Schengen para os períodos em que estiver em outros países europeus.
Seguro governamental/para estudantes
O indivíduo que deseja estudar em outro país precisa ficar atento às exigências feitas pelo serviço de imigração local.
Na Irlanda, por exemplo, desde 2011 é obrigatório que o estudante não europeu tenha um Seguro Saúde (Governamental) que o cubra pelo tempo em que estiver no país, o que leva escolas e agências de intercâmbio a comercializem o produto.
O custo médio de um Seguro Saúde, que cubra os requisitos mínimos exigidos pelo governo é de ¢120,00 a ¢150,00. Para ilustrar, o que eu uso atualmente cobre atendimento hospitalar e extra-hospitalar, consultas com o GP (um clínico geral), especialistas, ultra-som e raio-X, remédios e fisioterapia, a um limite de 2.500.000,00.
Por aqui, um dos seguros mais comercializados é o Ace Travel Insurance, que pode ser adquirido diretamente com a operadora ou com algum revendedor autorizado, como a corretora O'Driscoll O'Neil Ld.
No entanto, se o estudante desejar obter um seguro privado, que o ofereça melhor cobertura, ele poderá optar por alguma operadora de sua confiança, desde que siga as exigências do Acordo de Schengen (no caso da Europa) e do governo local (em casos como o da Irlanda).
No caso da Ilha da Esmeralda, o seguro privado deve ser originalmente irlandês para poder ser considerado na hora de obtenção do visto de estudante. A título de comparação, um Seguro Saúde privado na Irlanda pode custar mais de ¢600,00.
Quando contratar um Seguro Viagem
Antes de fazer qualquer viagem, seja nacional ou internacional, é prudente que se faça um seguro para garantir seus direito e proteção em caso de necessidade.
É importante saber que o Seguro Viagem é um serviço independente da compra de passagens, hospedagens e outros serviços.
Veja abaixo alguns vídeos bastante esclarecedores com especialistas discursando sobre o tema em questão:
1 - Advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
2 - Especialista em Seguros
Vídeo 1
Vídeo 2
Vídeo 3
Vídeo 4
Vídeo 5
Vídeo 6
Vídeo 7
Vídeo 8
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